![Em comemoração aos 60 anos da entidade, integrantes da Fetag realizam encontro em Santa Maria Em comemoração aos 60 anos da entidade, integrantes da Fetag realizam encontro em Santa Maria](https://suitacdn.cloud-bricks.net/fotos/819110/file/desktop/00d65206-602a-4de1-9d03-b809176d13e8.jpg?1687898145)
Foto: Mateus Ferreira
A Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e a Regional de Santa Maria realizaram um encontro, nesta terça (27), para comemorar os 60 anos da entidade. A reunião ocorreu no Instituto São José e teve como objetivo celebrar a vida da agricultura e da pecuária familiar, além de agradecer aos parceiros pelo trabalho conjunto ao longo dos anos e por sempre manter relações próximas com a categoria do campo.
A Fetag representa 315 sindicatos de trabalhadores rurais do Rio Grande do Sul. No evento desta terça, representantes de sindicatos da região e agricultores participaram do encontro em Santa Maria. Entre os assuntos em debate, também estiveram as perdas na safra e projeções para 2023/2024.
Os representantes sindicais ainda puderam expor o que cada entidade vem fazendo, junto aos agricultores como ações para minimizar as perdas nas lavouras.
Durante o encontro em Santa Maria, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, avaliou o Plano Safra 2023/2024, divulgado no mesmo dia pelo governo federal, e sobre estiagem. Silva disse que a Federação levou ao governo federal dados e informações para que o Plano Safra fosse equilibrado.
– Há alguns pontos que são de extrema importância e devem estar inclusos, como ser repensar o enquadramento da agricultura familiar, aumentar os valores para que mais famílias sejam inclusas no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf. São necessários, também, mais investimentos na agricultura, porque os custos, principalmente de máquinas agrícolas, está bem elevados. Outro programa que deve ter uma atenção do governo é o Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária), pois é um recurso que foi muito usado nos últimos anos por agricultores que sofreram com a seca – afirmou.
Estiagem
Sobre a seca que afetou o Estado nos últimos três anos, Silva revelou que a agricultura sofreu perdas consideráveis na última safra. Houve problemas de falta de água e, neste ano, os custos de produção se elevaram em função da queda na produção.
– A safra foi reduzida e tivemos a queda de preços nos produtos. Esses fatores prejudicaram muito os agricultores gaúchos que em 2023 e em 2024 podem sofrer pelo excesso de chuva. O El Niño tem causado muita chuva, e água demais nas lavouras também resulta em perda no campo. Inclusive tem muitos agricultores que não vão conseguir permanecer na atividade do campo em razão de problemas financeiros – disse o presidente da Fetag.